quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Mi Regalo

O tempo passa tão rápido: vai fazer um ano que fiz esse blog.  Por uma série de fatores, ainda não alcancei meu objetivo – que é viajar para o Peru – mas tenho certeza que o caminho para a realização deste sonho está sendo muito válido e estou aprendendo muita coisa.
Recebi, recentemente, um lindo presente de um amigo que já fez a viagem para Machu Picchu: fiquei muito feliz com meu cachecol de Alpaca!!!   :-D



Para finalizar este post, uma linda mensagem sobre viajar:
"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”.  (Amyr Klink)

terça-feira, 16 de agosto de 2011

A fascinante "Cidade entre as nuvens"

 As ruínas de Machu Picchu estão situadas entre o Wayna Picchu (Montanha Jovem) e Machu Picchu (Montanha Velha), que dominam o vale do rio Urubamba. Ao subir o Wayna Picchu, é possível ter uma belíssima visão panorâmica das ruínas. Entretanto, a subida é íngreme e escorregadia. Mas dizem que a visão, com certeza, compensa o esforço realizado para subir.

Em 2011, comemora-se os 100 anos da “descoberta científica” de Machu Picchu, pelo norte-americano Hiram Bingham, em 24 de julho de 1911, com a ajuda de campesinatos locais. Ao avistar aquela fascinante ruína entre a vegetação, Bingham confessou, em sua obra sobre a descoberta de Machu Picchu: “foi de tirar o fôlego”.
No entanto, Bingham procurava a cidade lendária de Vilcabamba Antiga, inclusive morreu pensando que encontrara tal cidade, que seria o refúgio final do Inca Manco Cápac e seus filhos, após a invasão de Cuzco pelos espanhóis, em 1537. Evidências mostram que Machu Picchu não é a cidade perdida de Vilcabamba, por exemplo: Vilcabamba, conta-se, foi saqueada pelos conquistadores espanhóis e Machu Picchu, por sua vez, não apresenta indícios de invasão; em quéchua Vilcabamba significa planície sagrada e Machu Picchu está situada no altiplano, nas montanhas; além disso, relatos afirmam que a cidade de Vilcabamba se encontrava mais profundamente na selva do que Machu Picchu. Diante disso, ainda hoje um imenso e interessante mistério permeia a história de Machu Picchu: qual a sua função dentro do Império Inca? Seria um centro religioso? Um observatório astronômico? Um sítio para agricultura? Centro de administração política? Na verdade, percebe-se que Machu Picchu é a união de todas essas funções.


Terraços cultiváveis: os terraços, representados nas duas imagens acima, drenam a água da chuva, importante função tendo em vista a disposição íngreme do terreno e a característica climática do local em que Machu Picchu foi construída – grande incidência de chuvas na época úmida. Para permitir a filtragem da água no solo e evitar a erosão, os terraços eram preenchidos com camadas de pedras, cascalho, argila e terra. Além disso, os terraços eram utilizados para a agricultura.
 Intihuatana: é um monumento ritual e sagrado, relacionado à celebração do solstício e equinócio. Possui uma agulha de relógio de sol.

Outras questões (ou mistérios) acerca de Machu Picchu são: quem a construiu?  Por que a construiu? Por que Machu Picchu foi abandonada? Sabe-se que Machu Picchu foi construída pelos Incas – Império que dominou o Peru por aproximadamente 100 anos . No entanto, é importante exaltar que o conhecimento do povo inca inclui a técnica e a sabedoria dos povos pré-colombianos dominados pelo Império Inca,  portanto Machu Picchu é o resultado da sabedoria de diversas culturas.
É fascinante que os Incas tenham construído “a cidade entre as nuvens” sem a utilização da roda, do ferro (os povos pré-colombianos desenvolveram a ourivesaria e fabricaram objetos com ligas de metais, mas o ferro foi trazido apenas pelos europeus)  e da linguagem escrita – utilizavam apenas um sistema de cálculos chamado “Kipu”. Presume-se que Machu Picchu foi construída a mando do Inca Pachacuti, pois este é um dos primeiros imperadores Incas. Inclusive, ao analisarem os arquivos do período colonial peruano, historiadores confirmaram a hipótese acima: a cidade de Picchu foi construída por Pachacuti.
A imagem ao lado representa um funcionário do império Inca utilizando o Kipu - sistema de cálculos

Kipu

Durante muito tempo, pensava-se que Machu Picchu fosse um reduto de mulheres, as chamadas “virgens do sol”, escolhidas pelo Inca ( Inca significa Governante/ Imperador) . Contudo, estudos dos ossos humanos encontrados no sítio arqueológico de Machu Picchu desmentem essa teoria.
Li na internet  alguém afirmando que todo mundo, um dia, tem que conhecer Machu Picchu, pois admirar Machu Picchu é algo sublime, fantástico!  Creio que, realmente, esta deve ser a sensação ao avistar aquela grande ruína de pedras, no meio da vegetação, entre as montanhas, entre as nuvens. Machu Picchu ainda é um mistério que arqueólogos, historiadores e todos nós, fascinados pelo Peru, buscamos desvendar, conhecer e preservar! Concluo este post, mais uma vez, afirmando que não vejo a hora de conhecer Machu Picchu! Estou ansiosa por este dia chegar logo! Até a próxima!!  :-)

Dicas e curiosidades:
O espanhol não é o único idioma oficial do Peru, pois o Quechua (língua do Império Inca) também detém este caráter , além de ser  amplamente falado no país , principalmente no altiplano. O Aymara também é um idioma de origem pré-colombiano falado no Peru, especialmente  ao redor do Lago Titicaca.

Dica: http://panoramas.pe/machupicchu100.html (Tour virtual por Machu Picchu)

Referências:
Alva, Maria Longhena Walter. Peru Antigo. Barcelona, Editora Folio.
Schlecht, Neil Edward. Frommer`s Peru. Rio de Janeiro, Alta Books Editora: 2010.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Cocina del Peru - Parte II

Olá! A culinária peruana sempre me despertou grande curiosidade e só de imaginar o gostinho daquele tempero forte e marcante eu já ficava com água na boca! Descobri que tem um restaurante especializado em comida peruana aqui em Belo Horizonte, o Inka, e, dias atrás, eu e meu companheiro de viagem fomos experimentar o sabor peruano e conhecer um pouquinho dessa cultura que nos desperta tanta atenção.
Pegamos o menu e vimos todos aqueles pratos que comentei a respeito no post "Cocina del Peru", mas o nosso objetivo, naquela noite, era experimentar o tão famoso ceviche - preparado com peixes marinados em limão, cebolas e pimentas. Adoro temperos fortes, mas o sabor do ceviche é muito forte e picante, portanto eu estranhei um pouco. Comi um ceviche temperado com ají amarillo e outro preparado com salmão e maracujá. Além desses dois tipos de ceviche, tinham diversos outros no menu. O ceviche foi servido com batatas e uma espécie de milho muito diferente, pois era bem grande ao se comparar com o milho brasileiro e tinha um sabor bastante peculiar, um pouco adocicado, talvez.
O que eu mais gostei da minha primeira efetiva experiência peruana foi o Pisco Sour: viva o Pisco!!!! rs A bebida, preparada com Pisco, limão e clara de ovo, se parece com a nossa caipirinha. O restaurante também oferecia uma variedade de Pisco Sour, mas experimentei apenas o tradicional e um preparado com maracujá. Gostei mais do tradicional. Enfim, Pisco sour é bom demais e quero tomar muito desta bebida lá em Lima!!
Adorei minha experiência peruana, embora eu tenha estranhado o sabor do ceviche pelo fato do tempero ser muito mais forte comparando-se aos temperos que eu já conhecia. Adorei o Pisco Sour e recomendo a todos que experimentem esta bebida forte, mas ao mesmo tempo com um sabor delicado. Adorei o restaurante Inka, que trouxe a tradição peruana aqui para BH. Adorei aprender, experimentar e conhecer um pouco da cultura do Peru com a pessoa que está dividindo comigo este grande sonho que é viajar pra Machu Picchu. Enfim, tomar Pisco em BH foi muito bom ,mas quero me esbanjar de Pisco é lá em Cusco! Rs 
Abaixo, algumas fotos da minha "primeira experiência peruana".
Até a próxima!!  : - )  
Pisco Sour tradicional

Pisco Sour com maracujá

Ceviche: preparado com ají amarilla, servido com milhos e batatas. Ao lado, o delicioso Pisco Sour

Ceviche de salmão e maracujá, também servido com milhos e batatas ( observem como os milhos são diferentes! )

Gostei muito desta foto! Pisco à luz de velas! rs

domingo, 8 de maio de 2011

La Noche

Este post é uma homenagem aos baladeiros de plantão: Peru, além de ser cultura, arqueologia e história, também é festa e agito!
Tudo que posto aqui no blog eu pesquiso na internet, em livros e manuais de viagens, mas as principais dicas eu obtenho com quem já foi, seja mochileiro ou não! Estou ansiosa para fazer um post com as minhas próprias dicas, mas acho muito válido escrever sobre essas informações que tenho, pois é a partir delas que estou montando minha viagem.
O que tem de mais interessante em Cusco, com certeza,  são os roteiros arqueológicos, históricos e culturais, por exemplo a visita à Machu Picchu, que tem duração de um dia. Mas quem curte agitos e baladas não vai ficar entediado, pois a noite de Cusco é bastante animada: pisco sour, cerveja barata, gringos e boates também fazem parte desta cidade cheia de cultura e história. Próximo à Plaza de Armas, tem muitos bares e boates e há o costume de distribuir cortesias e oferecer cerveja de graça! Uma dessas casas noturnas é a Mama África: é bem famosa, fica perto da Plaza de Armas de Cusco e toca vários tipos de músicas. Além dessas agitadas boates frequentadas, em sua maioria, por estrangeiros, também tem a opção de se visitar os lugares frequentados pelos habitantes de Cusco, sem falar em cinemas, teatros, restaurantes, ou seja, fica dormindo quem quer! rs Uma dica: se hospedar em hostels é uma boa sugestão pra quem pretende conhecer pessoas do mundo inteiro, trocar idéias com mochileiros, enfim, deseja fazer novas e interessantes amizades, além de ser mais barato do que se hospedar em hotéis.

Plaza de Armas, Cusco: lugar de bastante agito noturno

A respeito de Puno, cidade que também pretendo visitar, não consegui muitas informações sobre a vida noturna, mas posso afirmar que conhecer o Lago Titicaca deve valer muito mais que qualquer agito noturno, aliás, os itinerários históricos e arqueológicos de todo o Peru, com certeza, devem valer mais que qualquer balada, mas curtir a noite e fazer novas amizades também contribuem para que a viagem seja inesquecível.

Lago Titicaca, Puno

Uma importante dica: nada de exagerar no álcool! Lembram-se do soroche – o mal da altitude – pois o álcool contribui para este mal.  Portanto, até o organismo se adaptar à altitude, é aconselhável ser prudente no consumo de álcool, afinal ninguém vai querer estragar a viagem por causa de uma bebedeira né!
Resumindo: seja de dia, seja de noite, Peru tem muito fascínio e diversão para oferecer!
Até a próxima!!! 




quarta-feira, 16 de março de 2011

La hoja de Coca

Olá! Vamos falar de cultura, história, religiosidade, crença, política e saúde? Então podemos falar sobre a folha de coca – tema polêmico que insere os costumes e hábitos dos povos andinos em questões políticas de ordem internacional.

Foto retirada do álbum de uma colega que já viajou para Machu Picchu,
 a Tati. De acordo com o que ela me contou, o gosto do chá de coca não
 é muito agradável, mas para amenizar os efeitos da altitude é
extremamente necessário! Estou ansiosa para sentir o gostinho desse chá!

 Estudos arqueológicos afirmam que a folha de coca está presente nos costumes dos povos andinos há aproximadamente 8 mil anos, portanto é um hábito muito anterior à conquista européia.  Entretanto, utilizadas em rituais sagrados, as folhas de coca não eram acessíveis a toda a população: os Incas restringiam o acesso à planta apenas aos nobres e sacerdotes. O uso ritualístico da folha perdura ainda hoje e, além disso, ela é também utilizada para amenizar os efeitos da altitude e da fome.
 Seja no hábito de tomar o chá de coca ou pelo hábito de mascar a folha de coca, a planta faz parte do cotidiano dos povos andinos. É importante afirmar que a folha de coca não é droga: ela é, sim, utilizada no preparo da cocaína, que é uma droga e é ilegal no Peru, mas ela tem vários outros nutrientes de até mesmo grande valor nutricional. Rotineiramente, os viajantes bebem o mate de coca ou o chá de coca para aliviar os efeitos da altitude – o soroche ( o mal da altitude ), que pode causar náuseas, dor de cabeça e tonturas decorrentes da escassez de oxigênio em altitudes elevadas.
Nas minhas pesquisas para o post, eu li acerca de uma proposta de proibir o cultivo  e uso da folha de coca nos países andinos,  como uma forma de dificultar a fabricação,o tráfico e uso da cocaína nos demais países ( principalmente nos Estados Unidos ): essa é uma visão unilateral do problema das drogas e interfere  numa cultura de milhares de anos, portanto, fere os direitos de um povo. Uma alternativa seria o governo peruano controlar quantitativamente o plantio, mas não proibir.
A leitura dessa lenda abaixo é bastante interessante, visto que nos faz refletir sobre a questão da coca na cultura andina e a relação da folha de coca com outras culturas.
“Um sacerdote iluminado, chamado Khana Chuyma, que vivia em uma ilha no Lago Titicaca, era o guardião do tesouro do Deus Sol. Ao ver que os conquistadores espanhóis iam dominá-lo, o sacerdote jogou o tesouro no lago para evitar que fosse roubado. Capturado pelos espanhóis, o sacerdote resistiu às cruéis torturas sem dizer uma única palavra sobre a localização do tesouro e foi, finalmente, libertado para então morrer.
Naquela mesma noite, em grande agonia, o sacerdote foi visitado pelo Deus Sol que lhe disse: “Meu filho, você merece ser recompensado pelo seu enorme sacrifício. Faça qualquer pedido e eu irei realizá-lo.” “Oh, meu grande deus”, respondeu o sacerdote, “o que poderia pedir em tempos de dor e derrota como esse se não a vitória do meu povo e a expulsão dos invasores?”
O Deus Sol respondeu: "O que me pede é impossível. Não tenho poderes contra o inimigo. O deus deles me venceu e agora devo fugir e me esconder entre os mistérios do tempo. Porém, antes de deixá-lo, gostaria de  conceder-lhe algo sobre o qual tenho poderes". O sacerdote respondeu pedindo por algo que os ajudasse a suportar a escravidão e a vida dura que o esperava – algo que não era ouro. O  Deus do sol lhe mostrou a planta de coca e disse: "Diga a seu povo para cultivar essa planta com carinho e colher suas folhas. Após secas, as folhas devem ser mascadas para que seu suco alivie seu sofrimento. Quando se sentirem exaustos de seu destino essa planta lhes dará nova vitalidade. Em suas jornadas através das terras altas, a coca irá aliviar sua fome e frio, tornando a viagem mais tolerável. Nas minas onde serão forçados a trabalhar o terror e a escuridão dos túneis será insuportável sem a ajuda desta planta.
Quando quiserem olhar para o futuro, uma mão cheia de folhas jogadas ao vento revelarão os mistérios do destino, mas enquanto essa planta significará força, saúde e vida para seu povo ela será maldição para os estrangeiros. Quando eles tentarem explorar suas virtudes, a coca irá destruí-los. O que para seu povo servirá de alimento, para os invasores criará conflito e morte".
No trabalho nas minas, no período da dominação espanhola na América, a folha de coca assumiu um papel muito importante para a Coroa e a Igreja Católica, visto que, além de elevar o rendimento do trabalho dos nativos, proporcionou uma fonte de riquezas para os dominantes europeus com a criação de tributos sobre a planta. Além disso, é interessante aprofundar na relação da Igreja Católica com a folha de coca, pois a princípio a Igreja proibiu o uso da planta, alegando que esta possuía poderes satânicos, contudo, visando a maior produção de metais nas minas e, conseqüentemente, mais riquezas para a Igreja, permitiu o uso da folha.

Além da utilizaçao da folha de coca para amenizar os efeitos da altitude e da fome, a planta também detém um significado místico na cultura andina: está presente em rituais xamânicos, como representado na imagem acima.

 Em La Paz, na Bolívia, existe o Museu da Coca, que expõe toda a história da folha de coca - deve ser muito interessante visitá-lo. Este é o link do museu: http://www.cocamuseum.com/main.htm .
É importante salientar que a legislação brasileira proíbe a entrada de folhas de coca em terrtório nacional, embora alguns viajantes tenham relatado que conseguiram entrar  normalmente com folhinhas ( em pouquíssima quantidade ), balinhas e mate de coca industrializado aqui no Brasil. Cuidado para não terem problemas com a Polícia Federal, hein!
 Ansiosa para chegar a data da tão sonhada viagem, fico por aqui! AbraçOs a todos!!

domingo, 16 de janeiro de 2011

Cocina del Peru

Da mesma maneira que o clima é diferenciado entre as três regiões peruanas (a costa, o altiplano e a região tropical) , a culinária também apresenta notáveis variedes. No entanto, salienta-se que, em geral, os pratos peruanos são fortes e picantes.
O ceviche, típico da região costeira, pode ser considerado o prato que mais representa a cozinha peruana, pois é o mais conhecido em outras partes do mundo. Ele é preparado com peixes crus e mariscos marinados em sumo de limão, pimentões picantes e servido com cebolas cruas, batata doce e milho assado.  Em Lima, são comuns as cevicherías, estabelecimentos que oferecem ampla variedade de ceviches, bem como outros pratos feitos com frutos do mar, por exemplo o escabeche (preparado com peixe, azeitonas, ovos, pimentões, cebolas e camarões). Uma opção que não leva futos do mar no preparo é o ají de gallina – a galinha é o ingrediente principal de um prato cremoso e picante.
Ceviche
                                            
Ají de gallina

Os Incas utilizavam como alimentos básicos da dieta o milho e a batata e essa característica permanece ainda hoje na culinária do altiplano. O lomo saltado é um prato típico desta região: preparado com tiras de carne misturadas com cebolas, tomates, pimentões, batatas fritas e servido com arroz ( acho que deve ser muito parecido com as “tábuas” e “chapas” de porções servidas nos barzinhos de BH! Deve ser uma delícia!). Os pratos preparados com frango – pollo – são bastante procurados. De todas as comidas que eu pesquisei, o que mais chamou minha atenção é o costume de se comer cuy - uma iguaria apreciada em diversas partes do Peru, servido frito ou assado com a cabeça e as patas do animal viradas para cima. (Cuy é porquinho-da-índia! ) .

Lomo Saltado

As refeições são compostas, geralmente, de três etapas: a entrada (sopas), o prato principal (batatas, arroz e carnes) e  a sobremesa (costumam oferecer frutas e gelatinas com leite condensado). De acordo com as minhas pesquisas e conversas com quem já viajou ao Peru, uma alimentação de qualidade não é cara: com 10 dólares é possível fazer uma ótima refeição.

Foto retirada do Facebook do Alexandre, um amigo que fez mochilão pela Bolívia e Peru. Este prato representa a culinária do altiplano: sopa de ervilhas, servida com arroz, carne e batata.

Na selva, os peixes se destacam na culinária, mas também se encontram carnes exóticas, tais como crocodilos, macacos, tartarugas.  
Ao se falar de bebidas peruanas, deve-se falar de Pisco Sour: um coquetel preparado com pisco (bebida feita de uvas verdes), clara de ovo, sumo de limão e açúcar. Dizem que é uma bebida refrescante e deliciosa.  O pisco também pode ser bebido puro. Quanto às cervejas, é curioso que cada cidade possui sua própria cerveja – a cusqueña, a arequipeña – e a cerveja é servida quente.  Outra bebida típica é a chicha morada: não alcoólica, preparada com milho escuro e servida gelada. Além das já citadas bebidas, quem visita o Peru não pode deixar de experimentar o Inca Kola: o famoso refrigerante peruano.
  
     Pisco e o coquetel preparado com a bebida, o Pisco Sour

A cerveja de Cusco, a Cusqueña


O famoso refrigerante Inca Kola

  
Não alcoólica e preparada com milho escuro: a chicha morada

A respeito da folha e do chá de coca, reservarei um post apenas para este assunto, que desperta a atenção e curiosidade de muitos viajantes. 
O site  http://www.perumuchogusto.com/   contém muita informação bacana sobre a culinária perunana, portanto recomendo que visitem.
Agora, vou fazer um lanchinho, pois escrever esse post me deixou com uma fominha! Até a próxima, galera!



sábado, 1 de janeiro de 2011

Chuva ou frio?

Olá! Vamos falar um pouquinho acerca da geografia do Peru? Afinal, para planejarmos nossa viagem é necessário conhecermos vários aspectos geográficos do país que visitaremos, por exemplo, o clima (irei levar roupa de frio ou de calor? Capa de chuva será necessário?). Então... Vamos lá!
Geralmente, divide-se o Peru em três distintos componentes geológicos: a costa, o altiplano e a selva. A costa peruana consiste numa região de clima desértico e abriga cidades tais como Lima, Paracas, Ica e Nazca. Conforme me informou  a guia Raquel - brasileira que possui uma agência de viagens no Peru, a Inti Tours Peru - a questão das chuvas não é um problema ao se tratar das cidades localizadas na costa, pelo fato do clima desértico. Acho importante salientar que, de acordo com informações que recolhi em livros e sites de viagens, no inverno (Junho a Setembro), os dias em Lima são cinzas e nublados, apesar de não haver fortes chuvas.
No verão, chove muito em Cusco, cidade localizada no altiplano, principalmente em janeiro e fevereiro, que são meses bastante úmidos. A temperatura no verão é bem mais amena que no inverno, que, apesar dos dias claros e ensolarados, pode apresentar noites muito frias.  Portanto,  de  maio a outubro (a estação seca) providencie roupas de frio e de novembro a abril (estação úmida) leve capa de chuva. Entretanto, pelo fato da altitude elevada, sempre faz frio no altiplano e, diante disso, é importante não se esquecer de uma roupa de frio! A Raquel me aconselhou a ir vestida, para Machu Picchu, como uma cebola, ou seja, vestida em camadas, visto que a temperatura pode variar muito durante o dia.

Reserva Nacional de Paracas, localizada em região de clima desértico



Machu Picchu, a cidade entre as nuvens: localizada a 3400 metros de altitude